quinta-feira, 15 de abril de 2010

Um conto de Natal de Ana Luísa Florentim

Era uma vez uma menina chamada Inês. Era Natal. Inês ansiava pela chegada do Pai Natal e das prendas mas quando passou da meia-noite, Inês não tinha nem prendas, nem doces, nem Pai Natal! Inês sabia e sentia que tinha que fazer alguma coisa; então, do seu interior, tomou a decisão de ir em busca dele, mas não sabia por onde começar.
Foi então que teve uma ideia: pedir aos seus pais que lhe comprassem um bilhete para a Lapónia. Os pais disseram que sim, mas com uma pequena condição, eles teriam de ir com ela. Inês não gostou muito da ideia, pois achava-se muito independente, mas teve de concordar, pois só assim iria encontrar o Pai Natal.
Já na Lapónia, enquanto os pais arrumavam as suas malas e bonecas, esta pôs mãos ao trabalho. Começou por bater à porta das pessoas e perguntar-lhes se não tinham visto alguém rechonchudo, de vermelho e com um saco cheio de prendas.

Todas as pessoas lhe responderam que não, mas um anão disse-lhe que trabalhava para o Pai Natal e que tinha ouvido uma fada a cochichar, dizendo que o Pai Natal estava doente!
-Que tragédia -exclamou Inês.
Inês pediu ao anão que a ajudasse e que a levasse até à aldeia do Pai Natal, mais precisamente à fábrica dos brinquedos e o anão concordou, comprometendo-se a levá-la com uma única condição: quando ela encontrasse o Pai Natal e se por acaso os jornalistas da televisão das fadas aparecessem, ela teria de dizer que o anão é que tinha encontrado o bolachudo do Pai Natal e não ela. Inês aceitou prontamente a proposta, pois naquele momento estava mesmo interessada em encontrar o Pai Natal e não queria saber da fama para nada.
No meio dos pensamentos, pareceu-lhe ter ouvido uma voz a pedir socorro e apressou-se a tentar encontrá-la. Com a ânsia de poder ajudar, deparou-se com uma situação terrível: ter-se-ia perdido numa floresta? A sua única hipótese de auxílio seria uma casa que naquele momento avistou. Para Inês, a casa era linda, doce como um chupa-chupa, grande como um castelo e branca como a neve. Tinha renas num trenó e quando encostou o ouvido à fechadura, ouviu espirros. O anão tinha ficado mais atrás, a treinar o discurso para a televisão e no meio de tudo isto, Inês não sabia ao certo se deveria entrar na casa ou não.
- E se fosse o Pai Natal? -perguntou-se Inês. Pode estar em perigo, tenho de o ir ajudar!
Inês bateu à porta, mas ninguém abriu…
-Tenho de encontrar outra forma de entrar…Ah! Já sei, posso entrar pela chaminé! - Agora só tenho é de encontrar umas escadas.
Inês procurou, procurou, procurou, mas não encontrou…
Foi então que ouviu um barulho: era pó mágico de fadas, levantado pelo vento. E foi aí que esta percebeu que não estava sozinha e que podia pedir à fada que, por magia, a pusesse dentro de casa do Pai Natal.
Esta franziu o nariz, pois não queria que o Pai Natal fosse assaltado, mas após Inês lhe ter contado a sua longa história, a fada concordou em ajudá-la. Quando entraram na casa, tal não foi o espanto quando encontraram o Pai Natal deitado no chão e rodeado de lenços sujos.
Afinal de contas, o Pai Natal estava constipado!
- Oh que terrível surpresa! - Gritou Inês.
- Eu posso ajudar, auxiliou a fada. Com uma sopa do reino das fadas fica bom num instante!
E assim foi: O Pai Natal já estava preparado para ir entregar os presentes e agora todas as crianças iam ter um Natal maravilhoso!

                                                                                                Ana Luísa Florentim, 7ºE

Sem comentários:

Enviar um comentário