quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Análise crítica ao Modelo de Autoavaliação das Bibliotecas Escolares

4ª sessão – Parte 2 (Comentário)


Após leitura atenta de vários trabalhos com características diferentes, optei por comentar o da colega C. O. do Agrupamento de Escolas de Vale Rosal, detendo-me em alguns detalhes que considero mais importantes.

O primeiro aspecto diz respeito ao impacto que este novo modelo de autoavaliação das bibliotecas terá e nas possibilidades que proporcionará de melhorar o desempenho da Escola.
Na medida em que houver necessidade de envolver todos os membros da comunidade nas actividades desenvolvidas pela BE, esta será vista cada vez mais como “centro das aprendizagens” e verá o seu papel reconhecido.
No seu trabalho, a colega frisa a dificuldade que será fazer entender os vários intervenientes de que a avaliação da BE diz respeito a todos, considerando uma provável ameaça. Apesar de estar de acordo, tenho uma visão mais optimista ao considerar que são as resistências que às vezes temos que enfrentar que nos dão o alento para prosseguir, sobretudo quando acreditamos que os trabalhos que estamos a desenvolver são uma mais-valia para todos. E, ao que parece, o Agrupamento de Vale Rosal é disso um exemplo.
Contudo, é de facto lamentável que se tenha de referir o provável entrave de alguns à modernização, ao desenvolvimento, à mudança que se espera que venha a acontecer, sob pena de continuarmos na retaguarda.
É importante que entre a BE e os professores em geral se estabeleça um relacionamento directo e coeso, pois é a estes que compete mandar os alunos à BE, motivá-los a frequentá-la, a cumprir as regras de funcionamento e até a acompanhá-los.
Para que isto venha a acontecer (e deseja-se que aconteça) urge uma mudança de mentalidades. É fundamental que os professores frequentem as Bibliotecas das suas Escolas (quantos vão à sua BE?), se informem acerca dos materiais lá existentes e cooperem com o professor bibliotecário.
Quantos professores entregam aos seus colegas da equipa da BE trabalhos para exposições, por exemplo, ou materiais para serem usados nas pesquisas? O que fazem quando é colocado em placards, no site da Escola regulamentos de concursos e outros?
Aos que nada sabem, nada podemos exigir,( mas temos a responsabilidade de ensinar), “ao passo que um pouco de saber abre o apetite de saber mais” (Fernando Savater), por isso esperamos destes a colaboração, por acreditarmos que desejarão saber mais.
Congratulo-me com todos aspectos positivos referidos pela colega: colaboração da direcção, aspecto da maior relevância para as tarefas das equipas, amplamente referido em praticamente todas as leituras, empenho e dedicação da equipa e também o facto de algumas tarefas referidas como caminhos a percorrer já fazerem parte das rotinas da BE do Agrupamento de Vale Rosal.
Tal significa que os membros desta equipa se esforça por realizar um bom trabalho, apesar das dificuldades com que se debatem sobretudo no que respeita o horário e as tarefas que se vêem “obrigados” a desempenhar. Vive-se muito da boa vontade dos professores, mas são professores assim que fazem a diferença. O Futuro agradece.


Maria Lucília Achando

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