Terminamos hoje a edição de Poemas de Fim-de-Semana.
Como iniciámos a edição dos poemas com Camões, terminaremos, igualmente, com o grande poeta publicando um soneto.
Estaremos de volta em Setembro com uma selecção de novos autores.
O dia em que nasci moura e pereça,
Não o queira jamais o tempo dar;
Não torne mais ao Mundo, e, se tornar,
Eclipse nesse passo o Sol padeça.
A luz lhe falte, O Sol se [lhe] escureça,
Mostre o Mundo sinais de se acabar,
Nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar,
A mãe ao próprio filho não conheça.
As pessoas pasmadas, de ignorantes,
As lágrimas no rosto, a cor perdida,
Cuidem que o mundo já se destruiu.
Ó gente temerosa, não te espantes,
Que este dia deitou ao Mundo a vida
Mais desgraçada que jamais se viu!
Luís de Camões
quinta-feira, 30 de junho de 2011
POEMAS DE FIM-DE-SEMANA
Publicada por
Biblioteca José Gustavo
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13:26
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